“Devagar com o
andor que o santo é de barro.”
A escassez de
matéria-prima impôs, em tempos idos, que a olaria açoriana se limitasse a
satisfazer as necessidades locais produzindo, essencialmente, objectos
utilitários, telha, tijolo, e tijoleira. Sem grandes preocupações estéticas,
foram lentamente depurando formas na procura de uma entidade própria, como o
testemunham as formas e decorações próprias de cada ilha. Potes, alguidares,
talhas e talhões, sertãs e louças diversas de cozinha, atingem elevados níveis
estéticos que as refuncionalizam em belas peças decorativas.
A criatividade e
sensibilidade destes artesãos encontra consagração nas formas da chamada louça
erudita e, principalmente, na pintura (manual, estampilhada ou mista) da louça
regional onde, sobre fundo branco, adejam leves ramos em pinceladas de azul.
…In Um Gostinho
dos Açores
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