A mais ocidental e
isolada ilha açoriana foi palco de uma celebérrima batalha que ficou conhecida
na história dos Açores como a Batalha da Ilha das Flores
No prélio que ocorreu
no dia 9 de Setembro de 1591, a norte de Ponta Delgada, foram intervenientes
entre 16 a 22 navios ingleses comandados por lord Tomas Howard e um bem mais
poderosa armada espanhola, comandada por Dom Alonso de Bazán, de vigia nos Açores
para defender os navios mercantes da carreira da Índia. Pelos vistos houve um
erro do comandante inglês que se lançou, precipitadamente, contra os barcos que
surgiam de oeste, julgando pertencerem à armada espanhola provinda da Nova
Espanha, carregada de mercadorias. Porém, em vez de encontrarem navios
mercantes, mal armados, os ingleses depararam-se com uma poderosíssima frota de
defesa das ilhas açorianas, constituída por 40 navios de guerra que lhes vinham
dar caça. Consideravelmente mais pequena e sobretudo mais frágil, a armada
inglesa, duramente fustigada pelo fogo inimigo, foi então obrigada a fugir como
pôde. Os ingleses, ao aperceberem-se do erro rumaram a Ponta Delgada procurando
posição estratégica. Os espanhóis, no entanto, terão sido mais astutos e
rumando a oeste, contornaram a ilha e entraram em Ponta Delgada como se viessem
do ocidente, de onde os ingleses não os esperavam, simulando serem uma armada
mercante. Os ingleses caíram no logro e precipitaram-se sobre os espanhóis. Foi
o descalabro total da armada inglesa. A exceção foi o Revenge, de sir Richard
Greenville, que, tendo-se demorado em zarpar de Santa Cruz, não acompanhou as
restantes embarcações, acabando porém por ser capturado pelos espanhóis, algum
tempo depois. Verdadeiramente épico, esse combate, que custou a vida a sir
Richard Greenville.
Fonte: Pico da Vigia 2
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