FLORES promoção de novos desportos náuticos


Autor: Helena Rodrigues
O lado Este será mais atractivo visto por via marítima (devido à suas grutas marítimas e formações rochosas peculiares).
De trilhos pedestres a atracções culturais, ambientais e subaquáticas, as Flores tem um leque variado de opções a turistas que pretendem descobrir a ilha cor-de-rosa.
Diz a história que a ilha das Flores foi uma das últimas do Arquipélago a ser descoberta. Outrora denominada de ilha de S. Tomas, ou ilha de Santa Iria, esta ilha ganhou o nome que hoje ostenta devido à abundância de flores amarelas que revestiam a ilha.

A ilha das Flores tem uma superfície de 143,11 km2, com um comprimento de 17 km e 12,5 km de largura máxima. Encontra no Morro Alto a sua maior elevação, com 600 m de altitude e está situada a 21º59' de longitude Oeste e a 39º 25' de latitude Norte. Liliana Tibúrcio é assistente técnica no posto de turismo da ilha das Flores, e segundo a própria, "o que faz da ilha das Flores um destino atractivo são as suas belezas naturais, ainda no seu estado bruto, a diversidade das atracções subaquáticas, e a possibilidade de poder testemunhar todos estes encantos.".

Com um leque variado de atracções, a ilha dispõe de uma vertente cultural forte que permite aos seus turistas, uma experiência a esse nível. Pode ser visitado o Museu das Flores - onde é relatado através de artefactos toda a história da baleação, bem como a evolução económica da ilha das Flores -, a igreja da Matriz e a Casa do Agricultor. Quanto à parte ambiental, Liliana sugere a reserva florestal Luís Paulo Camacho, mas a verdadeira e mais pura atracção da ilha encontra-se nas suas paisagens, que de forma natural maravilham quem por lá passa. A assistente realça alguns pontos de maior interesse e relevância. "Em termos paisagísticos, toda a ilha detém diferentes atracções. O lado Este será mais atractivo visto por via marítima (devido à suas grutas marítimas e formações rochosas peculiares), enquanto todo o lado Oeste da ilha será mais apreciado se for visto por terra, nomeadamente as suas seis lagoas, a Rocha dos Bordões (o ex-líbris), as dezenas de cascatas ao longo de toda a costa Noroeste, e claro como não podia deixar de ser, a vista para o ponto sólido mais Ocidental da Europa, o Ilhéu do Monchique."

Aproveitando ainda o relevo geográfico favorável desta ilha, segundo a mesma, a Direcção Regional do Turismo, aconselha quatro trilhos pedestres, que estão ao dispor do visitante.

Quando questionada acerca do que tem ido feito na ilha com vista a inovar e trazer novas actividades e novidades, Liliana esclarece. "Algumas empresas de animação turística têm-se empenhado em inserir novas actividades que proporcionam aos seus visitantes novas formas de conhecer a ilha das Flores, nomeadamente novos desportos náuticos e terrestres.".

O encanto das Flores flui de forma natural, e dispensa, em muitos casos, apresentações. A beleza floral desta ilha é o seu cartão de visita no mundo e, remata Liliana que "essencialmente, o turista que visita a ilha das Flores vem em busca do contacto directo com a natureza no seu estado natural, quer ao nível pedestre, quer ao nível subaquático.".

Festividades e gastronomia atraem turistas

A ilha das Flores é, à semelhança das outras ilhas do Arquipélago, reconhecida pela sua gastronomia. Linguiça com inhames, sopa de agrião, caldeirada de peixe, mariscos e queijos, são alguns dos mais famosos pratos e produtos confeccionados nesta ilha. Por outro lado, é conhecida a festa do emigrante, que decorre de 15 a 19 de Julho e que homenageia os emigrantes que nesta altura regressam às suas raízes. Recebendo familiares, amigos destes emigrantes e outros, esta festa, acaba também ela, por ser uma forma de promoção da ilha no mundo.

ANA RITA CHORA CABRALcorreio@expressodasnove.pt

Fonte: http://expressodasnove.pt/interiores.php?id=6582

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