Brincar ao arame - Ilha das Flores











O arame era uma enorme extensão de fio de aço bem esticado e preso nas extremidades a enormes vergas de madeira, umas lá no cimo da alta Rocha da Fajã e outras cá em baixo, numa espécie de espojadoiro, para tal construído. O arame formava com a rocha e o caminho paralelo à Ribeira e que dava para a Figueira, uma espécie de triângulo rectângulo do qual constituía como que uma real e verdadeira hipotenusa. Assim, fixando-se rijamente de alto abaixo da rocha em diagonal, os molhos, presos por fortes ganchos de ferro em forma de "S" ou de "C", eram nele colocados, um a um e deslizavam vagarosa mas airosamente, como que dançando e balouçando-se ao longo do arame, ao sabor do vento e da gravidade, até atingirem, por vezes, enorme velocidade, e chegarem cá abaixo, donde eram imediatamente retirados.

Na Fajã Grande, ladeada a oeste por uma infinidade de rochas, existiam pelo menos mais três ou quatro arames: um na Rocha da Ponta, um na dos Paus Brancos e outro no Cabeço da Rocha, mas o principal e mais utilizado era realmente “o Arame da Ribeira”. O arame, inevitavelmente, fazia parte da vida quotidiana fajãgrandense.

Ora a ganapada de outros tempos, sem brinquedos de plásticos e sem ipads e consolas, brincava com aquilo com que via os pais trabalharem no seu dia-a-dia. Era assim com as vacas de sabugo ou de favas, com os barcos de madeira, com a máquina de desnatar leite de batata branca, com os porquinhos de batata-doce, com as cadeirinhas de junco e com tantas outras coisas. Uma delas era brincar ao arame.

Para brincar ao arame, normalmente, procurava-se um local ou um sítio desnivelado. O estaleiro do milho era o mais utilizado. Outras vezes um maroiço, uma parede, um pátio mais alto ou até a janela de uma casa velha. Depois arranjava-se um fio de barbante ou outro qualquer, por vezes até uma espadana desfiada e muito bem atada, sem que os nós se salientassem em demasia. Amarrava-se uma das extremidades do fio no alto e outra no chão e esticava-se bem. Os ganchos eram feitos de pedacinhos de arame que se encontrava por aqui e por ali. Quando não se tinha arame recorria-se a um garrancho de lenha de incenso ou faia, que formasse um "V" invertido. Os molhinhos eram feitos do que havia mais à mão: fochos, sabugos, ramos de árvores, por vezes até uma pequena pedra. Todos estes artefactos eram amarrados com fios de espadana, presos nos ganchinhos e uma vez pendurados no fio, começavam a deslizar por ele abaixo como desciam os molhos dos nossos pais colocam lá no alto da Rocha, através do Arame da Ribeira ou dos outros existentes na freguesia.

Uma brincadeira encantadora, esta do arame.




Fonte: Carlos Fagundes

A “Matança”







Não se trata daquelas que, dia a dia, os noticiários da TV e da Rádio nos trazem e, de tanto repetir a notícia, nos obriga, por vezes, a desviar para outro canal, pela maneira indiferente como a notícia é tratada.
        Nas zonas rurais já se vai falando nas matanças dos porcos. Uma festa de família que, a partir dos finais do Outono e durante o Inverno, tinha lugar em todas as freguesias da Ilha.
        E que interessante era. Para a gente miúda era uma grande festa se bem que, para os adultos representava dias de intenso trabalho doméstico.
        Nem sei hoje como são as tradicionais matanças de porcos. Refiro, pois, o que acontecia há umas dezenas de anos, quando as famílias eram, geralmente, numerosas e os suínos eram tratados cuidadosamente durante o ano para que a matança fosse um acontecimento familiar e festivo.
        A preparação do acontecimento já era de festa. Desde o apanhar das vassouras (urze), que se punham a secar no quintal, com a devida antecedência, até à apanha e preparação das cebolas, cultivadas especialmente para as morcelas, tudo representava para muitos, quase actos festivos.
        Marcado o dia da matança, - e tinha de ser combinado com os familiares para não coincidir com os dos outros amigos ou familiares - iniciavam-se os trabalhos de preparação dos utensílios, além de outros indispensáveis, para que tudo estivesse pronto no dia aprazado.
         Moíam-se os cereais – trigo e milho – para o fabrico do pão de milho e de trigo, e bolo de milho, em quantidades suficientes para os dias da matança. Os dias antecedentes eram destinados à cozedura dos pães de trigo, por vezes maça sovada, de milho ou de  “duas farinhas”, a limpeza da casa e da loja, ou rés-do-chão, onde era pendurada a carcaça do animal, a enxugar algumas horas ou um dia e noite .
         Convidavam-se o “matador” e os ajudantes, com a devida antecedência, bem como as mulheres que iriam ajudar nos trabalhos de cozinha; e, geralmente, moças para “picar as cebolas”, na véspera do dia.
         De madrugada alguém ia chamar os que iriam ajudar nos trabalhos da matança, bastante cansativos, pois era necessário que todo o trabalho se fizesse de madrugada e os homens que o executavam pudessem almoçar antes do nascer do Sol, pois tinham de estar livres para o caso de “aparecer baleia”, visto que todos ou quase todos eram baleeiros.
          Os mais miúdos aguardavam o dia com ansiedade: não iam à escola e aguardavam a bexiga para a encherem de ar e com ela fazerem na rua os seus jogos de futebol, brincadeira que hoje se tornaria impossível, dado o trânsito automóvel que desde cedo circula.
          Hoje é tudo diferente. Os animais são levados ao Matadouro e lá são abatidos e preparados, restando às famílias apenas os trabalhos de cozinha: derreter as carnes para os torresmos, e preparar as morcelas, a linguiça e pouco mais, porque as arcas frigoríficas fazem o resto.
          Mesmo assim, o dia da matança não deixa de ser um dia especial para as famílias que ainda seguem a tradição. Ainda se fazem os presentes, serviço que as crianças aguardam com interesse pelas gorjetas que normalmente recebem.
          Há dias assisti, com muitos lajenses, a um almoço comunitário de porco, abatido no matadouro. E não faltaram as morcelas e os torresmos. Um repasto apetitoso e um convívio agradável, que todos apreciaram, e eram umas dezenas. Uma maneira simples de nos encontrarmos, já que a maioria, embora residente na vila, pouco ou quase nenhum convívio tem. E bem necessários que eles são pois, o isolamento que se vive é atrofiante e cada vez mais isso se nota, com a paralisação de serviços, repartições e oficinas, que antes existiam e, nestas, muitas vezes se juntavam para amena cavaqueira.
          O convívio foi uma maneira de reunir fundos para um fim comunitário e de juntar os lajenses, que poucos faltaram. Aguardemos outro...

Lajes do Pico,
24. Outº- 2916

Fonte: Ermelindo Ávila - NOTAS DO MEU CANTINHO

Ana Cabrita








Município da Calheta promoveu “Natal com as Pessoas de Maior Idade”

Numa quadra tão especial a autarquia calhetense promoveu encontros e reencontros e uma enorme partilha de vivências.
O Centro Cultural da Calheta encheu-se de vida e animação no passado dia 15 de Dezembro para a celebração do evento de natal para pessoas de maior idade.
Para Décio Pereira, presidente da autarquia, numa época em que por vezes o consumismo fala mais alto, a Câmara Municipal da Calheta quis recordar o verdadeiro significado do Natal.
Uma tarde animada com direito a teatro, dança pelos utentes do CAO da Calheta e a um lanche com tudo a que os idosos da Calheta têm direito.
E numa quadra que é de família há quem passe o Natal com os seus, mas há também quem permaneça sozinho.
Mas ao que aparenta, é impossível não gostar do Natal, sendo que só a palavra traz grandes sorrisos e traz à memória recordações muito importantes.
Durante a tarde houve ainda lugar para o sorteio de um cabaz de Natal entre os presentes e o presidente da autarquia deixou uma mensagem de natal.
Neste dia para além do Convívio que o Município da calheta promoveu para esta geração, Décio Pereira aproveitou ainda para entregar os prémios do Concurso de Montras que decorreu na Vila, dando desta forma um estímulo ao comércio local e aproveitando o facto de, acima de tudo, ser Natal, uma época de afetos, de compreensão, uma época de família e alegria.






 
 
 
 
 
Fonte:https://www.facebook.com/Munic%C3%ADpio-da-Calheta-308207019304148/?fref=ts / http://radiolumena.com/municipio-da-calheta-promove-natal-com-as-pessoas-de-maior-idade-para-relembrar-verdadeiro-significado-da-epoca-caudio/
 
Patrícia Machado

Lenda da namorada que era feiticeira - Ilha das Flores








Há uns anos atrás havia um rapaz da Fajã Grande, nas Flores, que estava a namorar com uma rapariga órfã de pai e que vivia só com a mãe. Ele, depois de acabar o trabalho, lavava-se, mudava-se de roupa, ceava e ia fazer serão para casa da namorada. Falavam de tudo. Do que ia ser a sua vida, de como ia ser a sua casa e outras vezes contavam histórias. Um dia, começaram a falar de feiticeiras. O rapaz ria e brincava:
- Feiticeiras!? Agora... Quem me dera ver uma!
- Não digas que não há, olha que é certo! - Insistia a rapariga.
- Sim, sim… tu é que és a minha feiticeira! - Concordava o rapaz para não discutirem. 
 No entretanto o tempo ia passando. Chegada a hora, o rapaz despediu-se e saiu para o escuro da noite. Quando já tinha andado um bocado de caminho e estava quase a chegar a casa, duas cabras saíram dum pátio e deram um salto para a frente dele.
- Ó diabo, pois eu fui deitar vocês na rocha, vocês até agora nunca saíram de lá e como é que estão aqui?! - Disse o rapaz, julgando, com o escuro, que eram as suas duas cabrinhas. 
Tentou apanhá-las para as amarrar, mas, os animais, que eram habitualmente mansos, davam um salto e ficavam adiante e ele não conseguia pôr-lhes a mão. Já estava a ficar aborrecido e, como estava ao pé do portão de casa, pegou num buxeiro que era do pai e estava ali ao pé da parede. Passou-o a uma das cabras, fincou-lhe a pele, fez-lhe sangue e logo ela se transformou na namorada. O rapaz não podia acreditar no que via e disse:
- Oh! Vai-te com o diabo!... E olha que é verdade que há mesmo feiticeiras. E logo quem... Vai-te embora que não quero mais saber de ti!
- Não, não é assim, tu tens que me ir pôr em casa! - Respondeu a rapariga decidida... 
 O rapaz teimou que não ia, que o que queria era vê-la longe, que nunca mais punha os pés em casa dela. Mas, por fim, não teve remédio senão concordar. Ela então disse-lhe:
- Vira-te para trás!

Ele virou-se e ficou logo à porta da casa da rapariga. Voltou para sua casa e todo o caminho veio maldizendo a sua vida e o que lhe havia de ter acontecido. Nunca mais quis saber de tal mulher, mas ela perseguia-o sempre e assim aconteceu até ao fim da vida.

Fonte : Ângela Furtado Brum

Baile de Passagem de Ano

Baile de Passagem de Ano na Sociedade Recreio União Prainhense, freguesia da Praínha.
Jantar a partir das 20h00

Baile com DUO HF e muita animação!


Boas Festas e um próspero Ano Novo!
http://www.cm-saoroquedopico.pt/mod_eventos/index.php?id_evento=126

Presépios de Lapinha










Autênticos presépios em miniatura, perpetuam a natividade de Cristo durante todo o ano. O tema central é a gruta que abriga a Sagrada Família, em torno da qual se organizam todos os outros elementos, representando cenas bíblicas ou do quotidiano através de pequenas figuras de cerâmica pintadas, fragmentos de rocha, musgo, plantas, flores e minúsculas conchas marinhas.Dentro de redomas ou caixas de vidro, os belos e frágeis presépios de lapinha são tradição na casa açoriana.


Fonte: http://www.artesanato.azores.gov.pt


Ana Cabrita

Há mais vinho certificado nos Açores

"Em 2004 apenas duas marcas comerciais de vinho eram certificadas, o Lajido, da ilha do Pico, e Pedras Brancas, da ilha Graciosa, e o volume era apenas de 15 mil litros. Neste momento, o número de agentes económicos aumentou muito com o crescimento da área de vinha plantada e temos cerca de 250 mil litros de vinho certificado por ano", declarou Vasco Paulos.
A CVR-Açores foi formada em 1995 e tinha como objetivo "garantir a genuinidade e a qualidade dos vinhos", progredir o seu controlo, como definir o seu processo produtivo e assegurar a sua defesa.
Vasco Paulos avançou que, atualmente, na região, existem 12 agentes económicos que representam individualmente várias marcas, tendo exemplificado com a adega da Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico, que tem quatro vinhos certificados.
O presidente da CVR-Açores está seguro de que o volume de 250 mil litros da produção de vinho certificado venha a elevar face ao processo de reconversão da vinha nos Açores, através dos novos projetos VITIS (Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão de Vinhas).
Segundo o responsável, para ser certificado o vinho tem que completar certas exigências, como uma quantidade mínima de volume e castas autorizadas pela legislação em vigor.
O presidente da CVR-Açores declarou que há ainda uma outra análise, sensorial, assegurada pela câmara de provadores, que posteriormente dá uma pontuação ao produto, sendo que só depois desta etapa o vinho fica apto para ir para o mercado com o selo de certificação.
De acordo com Vasco Paulos, nos Açores existem atualmente 38 marcas de vinho certificado, várias centenas de produtores individuais e três zonas demarcadas: Biscoitos, na ilha Terceira, Graciosa e Pico.
Há ainda a Indicação Geográfica Protegida – Açores, para os vinhos de qualidade brancos e tintos, que satisfaçam as condições de produção fixadas. Em alternativa, os vinhos podem usar a menção Vinho Regional Açores.
 
 






Fonte: http://www.rtp.pt/acores/economia/ha-mais-vinho-certificado-nos-acores_52288
 
Patrícia Machado

Passagem de Ano










E como manda a tradição, o Grupo Desportivo "Os Minhocas" organiza a passagem de ano 2016/2017 com um delicioso buffet pelas 21h no salão do clube com animação musical do grupo Full"K"Ords!


Fonte: Grupo Desportivo "Os Minhocas"

Boas Festas e um Próspero Ano Novo

  O Quiosque de Turismo de São Roque do Pico, vem por este meio desejar um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo a toda a Comunidade, que todos os nossos desejos se realizem, que a paz e alegria estejam presentes todos os dias em nossos Lares.



Andreia Goulart
Rececionista de Turismo
Quiosque de Turismo de São Roque

Fadista Mariza atuará nas Sanjoaninas 2017

A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, comunicou que a fadista Mariza estará integrada no cartaz musical das Sanjoaninas 2017, que decorrerão de 22 de junho a 2 de julho de 2017.
O Município de Angra do Heroísmo divulgou ainda que já estão disponíveis para venda, nas tabacarias dos supermercados Guartira, os vouchers (limitados a 100 pulseiras semanais) com desconto de 10% para a pulseira geral das Sanjoanianas 2017, que tem um custo normal de 30€.
Para Raquel Caetano Ferreira, Vereadora da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, "a confirmação de Mariza nas Sanjoaninas 2017, uma artista nacional de renome mundial, é, o pronúncio de um excelente cartaz musical para o Palco do Bailão, e é um ótimo motivo para aproveitarem a promoção do voucher especial de Natal, para a aquisição da pulseira das Sanjoaninas 2017, o que pode ser a prenda uma excelente prenda de Natal, de si para si ou de si para os seus.”







Fonte: http://www.acorianooriental.pt/noticia/mariza-atua-nas-sanjoaninas-2017
 
 
Patrícia Machado

Museu de Angra do Heroísmo promove ateliê infantil sobre o Natal






O Museu de Angra do Heroísmo promove a 20 de dezembro, entre as 14h00 e as 17h00, a realização de um ateliê infantil em que a origem de tradições como o presépio, a árvore de Natal, o bolo-rei e os presentes no sapatinho são explicadas às crianças, inspirando histórias, jogos e gincanas.

Um lanche com biscoitos confecionados pelos mais novos e uma sessão de artes plásticas completam a tarde deste dia, numa iniciativa com que o Museu de Angra do Heroísmo assinala a quadra natalícia.

A frequência desta atividade, que se destina a crianças a partir dos cinco anos, num máximo de 20 participantes, é gratuita, mas depende de inscrição prévia, que deve ser feita através do telefone 295 240 800 ou do email museu.angra.agenda@azores.gov.pt.

O conjunto de jogos e histórias que integram esta iniciativa está também aberto à participação de escolas, jardins de infância, ATL ou outros grupos, decorrendo até 6 de janeiro mediante marcação prévia.

Fonte: http://www.azores.gov.pt

Ana Cabrita


Mercado Trocas e Baldocas


No mercado de trocas e baldrocas poderá encontrar enumeras ideias para ofertas de Natal, tais como bijutaria, compotas, artesanato, têxteis, entre outros artigos a preços acessíveis. Não perca no dia 18 de Dezembro (Domingo) das 14h00 às 18h00 no jardim Municipal de São Roque do Pico.


Boas Festas!
http://www.cm-saoroquedopico.pt/mod_eventos/index.php?id_evento=123

Exposição "Do ferro ao fogo" no Museu Militar dos Açores

A exposição "Do ferro ao fogo - evolução e conceitos" está acessível ao público, no Museu Militar dos Açores, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel até ao próximo dia 30 de junho de 2017.
Segundo o museu, esta exposição integra "uma importante referência da evolução comparativa dos conceitos de armas brancas e armas de fogo entre os séculos XVI e XX".
"Desde a espada roupeira ('rapier') às baionetas contemporâneas, da espingarda de mecha à espingarda automática", a exposição abrange peças do património do museu e com a cedência provisória de peças do Núcleo de História Militar Batista de Lima do Museu de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
Aproveite para visitar esta interessante exposição.









Fonte:http://www.acorianooriental.pt/noticia/exposicao-do-ferro-ao-fogo-no-museu-militar-dos-acores / https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g189135-d4093466-i139886768-Museu_Militar_dos_Acores-Ponta_Delgada_Sao_Miguel_Azores.html
 
 
Patrícia Machado

Dia Internacional dos Migrantes - Teatro Micaelense


Local: Teatro Micaelense - Ponta Delgada, São Miguel
Entrada Livre



Programa:

19h00 - Sessão de abertura;
19h30 - Lançamento do Guia "Direitos e Deveres dos Imigrantes"
19h45 - Espetáculo Musical
Conservatório Regional de Ponta Delgada 
Ciro Costa
Associação de Cantares da Ilha de São Miguel
Coro em vários Sotaques - projeto "Tu existes, Tu contas"
Rafael Carvalho 





Fonte: http://www.culturacores.azores.gov.pt/agenda/?id=12886

Workshop Natal Ecológico










A Câmara Municipal das Lajes das Flores encerra as comemorações da 7ª Edição da Semana dos Resíduos dos Açores da melhor maneira com casa cheia no Workshop Natal Ecológico no dia 27 de Novembro.
Este ano direccionado para a reutilização do vidro, permitiu a todos os participantes darem uma "segunda vida" a vários tipos de embalagens. Estando o Município das Lajes na vanguarda da política de reutilização e reciclagem de resíduos, é fundamental continuarmos com esta atitude, com todos os benefícios para o concelho em termos ambientais, económicos e da imagem que transmitimos a quem nos visita.




Fonte: Câmara Municipal das Lajes das Flores

Eco-Oficina de Natal de 9 a 16 de Dezembro na Caldeira



O Parque Natural da Graciosa realiza uma Eco-Oficina de Natal, entre os dias 9 e 16 de Dezembro.
O evento vai decorrer no Centro de Visitantes da Furna do Enxofre e consta da elaboração de decorações de Natal, com materiais reutilizáveis.
O evento é aberto a todas as crianças com mais de 6 anos.





Fonte: http://www.radiograciosa.com/

Brigadas dedicadas “Ciência Cidadã” do OMA complementam Campanha SOS Cagarro 2016





A Campanha S.O.S Cagarro 2016, contou pela primeira vez com a ajuda das Brigadas dedicadas do programa “Ciência Cidadã”, concebido pela Direção Regional dos Assuntos do Mar (DRAM), em parceria com investigadores do Instituto do Mar e Departamento de Oceanografia e Pescas das Universidade dos Açores (IMAR – DOP/UAç), com o apoio dos Parques Naturais de Ilha (PNIs)” e do Observatório do Mar dos Açores (OMA). 
Estas brigadas dedicadas para além de auxiliarem no salvamento dos cagarros juvenis, também procederam à recolha informação com vista a ajudar a comunidade científica na criação de medidas de conservação da espécie.


Desde 1995, que o Governo Regional dos Açores realiza a Campanha S.O.S. Cagarro que tem como objetivo principal alertar a população açoriana para a necessidade de preservação desta espécie protegida.
Esta Campanha decorre anualmente entre 15 de outubro e 15 de novembro, período que coincide com a saída dos cagarros juvenis dos ninhos para o primeiro voo transoceânico.
Este ano e pela primeira vez a Campanha contou com o apoio das brigadas dedicadas do programa ‘Ciência Cidadã’ cujo objetivo não é só resgatar os cagarros através dos tradicionais salvamentos, mas também recolher dados e informação mais precisa e útil que auxilie a comunidade científica, a tomar medidas de conservação da espécie. 
A DRAM lançou o repto ao OMA que de imediato abraçou a ideia. “Como sabemos que as pessoas gostam destas iniciativas, aceitámos o desafio e em parceria com as investigadoras do IMAR-DOP/UAç organizamos as brigadas científicas de modo a que o maior número de dados válidos fossem recolhidos, ao mesmo tempo que partilhamos informação sobre esta espécie emblemática”, explicou a bióloga do OMA, Joana Cruz ao Tribuna das Ilhas (TI).
Assim, todos os dias entre 25 de outubro e 7 de novembro, altura em que os cagarros deixam os ninhos, duas equipas inscritas, compostas por cidadãos comuns, encontravam-se na Fábrica ao início da noite. “Depois de uma pequena explicação acerca da campanha, das aves, do porquê e como capturar as aves, cada equipa seguia um trajecto pré-definido, uma para costa norte e outra para a costa sul do Faial, capturando os cagarros que avistassem no percurso, recolhendo a hora e a posição GPS, bem como o avistamento de gatos”, esclarece a bióloga. 
TI integrou uma brigadas, acompanhando Noélia, uma das técnicas do OMA destacada para este programa. 19h30 era a hora marcada para o início da atividade. Após o briefing, a nossa equipa seguiu para o lado norte, desde a fábrica da Baleia até ao Porto Comprido, enquanto a outra percorreu o lado sul terminando no Capelo, com passagem pelo Aeroporto.
Lá seguimos viagem, a velocidade reduzida, com olhos postos na estrada, atentos a cagarros e gatos que avistássemos. Cerca de três horas e 77kms depois estava completo o nosso trajeto. Voltamos ao ponto de partida sem registo de cagarros, mas com oito gatos avistados. 
Segundo Joana Cruz, a importância de registar a presença destes felinos deve-se à problemática da predação de cagarros por parte destes animais. A bióloga esclarece que “este é já um assunto conhecido e ocorre não só na fase em que as crias estão sozinhas no ninho, havendo na ilha do corvo imagens de vídeo de gatos a matarem as crias no interior do ninho, mas também nesta fase em que as aves se encontram fragilizadas na beira da estrada”. 
“Em todas as noites que as brigadas percorreram os trajetos foram avistados gatos, tendo uma delas encontrado um a comer um cagarro”, revela. 

Fonte: http://tribunadasilhas.pt
 Escrito por Susana Garcia



Ana Cabrita

Gaspar Frutuoso

 Gaspar Frutuoso foi um historiador, sacerdote e humanista açoriano, considerado o «pai» da história açoriana. Estudou na Universidade de Salamanca entre 1553 e 1558, obtendo o grau de bacharel em Artes e em Teologia neste último ano. Obteve igualmente o grau de doutor, embora se desconheça onde.
Nasceu em Ponta Delgada, no ano de 1522.


              www.goodreads.com/book/show/16064421-saudades-da-terra

Parte da produção literária e teológica de Gaspar Frutuoso ter-se-á perdido, mas a sua obra maior, as Saudades da Terra chegou até nós, um manuscrito que teve uma existência atribulada após a morte do autor e que foi objecto de diversas cópias (Rodrigues, 1984). Gaspar Frutuoso, com as Saudades da Terra, pretendeu fazer um elogio aos Açores e às suas gentes, servindo o texto como um instrumento para a promoção do arquipélago junto da corte castelhana.

Gaspar Frutuoso produziu uma narrativa no interior da qual as ilhas açorianas surgem devidamente integradas no mundo atlântico e insular de Quinhentos. Foi elaborando e actualizando os seis livros que compõem as Saudades da Terra. O Livro I é dedicado à história geral e do Atlântico, com ênfase nos arquipélagos das Canárias e de Cabo Verde e nas ilhas de Castela; o II tem como objecto a Madeira e fundamenta-se na narrativa de Jerónimo Dias Leite; o III aborda a ilha de Santa Maria; o IV, mais desenvolvido e rico de pormenores, concentra-se na história e geografia de S. Miguel; o V, conhecido como a «História de Dois Amigos da Ilha de São Miguel», é uma peça literária distinta, um texto ficcional que representa uma pausa na narrativa histórica anteriormente desenvolvida; e, por fim, o VI tem como fulcro as ilhas dos grupos central e ocidental. De acordo com Jorge Arrimar (1984: 50), a redacção do livro V seria anterior à dos demais livros, pois apresenta-se composto «numa letra mais perfeita e harmoniosa do que os outros livros do códice frutuosiano», sugerindo ter sido redigido por um punho mais jovem e firme.

O cronista recorreu também à «memória viva», consultando pessoas de idade avançada, contemporâneas ou testemunhas directas de certos acontecimentos.
Porém, para salvaguardar a possibilidade de lhe ter escapado algum pormenor, não deixa de alertar, como fez em relação às acções de Jordão Jácome Correia, o famoso capitão Alexandre: «Isto é o que pude alcançar de quem dele sabe e há visto seus papéis» (Livro Quarto das Saudades da Terra, III, 1987: 141). De igual modo, o autor mostrou-se um observador cuidadoso da geografia física, da fauna e da flora locais, apesar de tal se mostrar de forma mais evidente quando escreve sobre S. Miguel.

Em Saudades da Terra, Frutuoso mostra-se atraído pela observação e pela interpretação dos fenómenos da natureza. Como refere Azevedo (1990), as referências ao meio natural em Saudades da Terra são de tal modo pormenorizadas que, permitem retirar desta obra informações com validade científica e de enorme importância para o estudo da História Natural do arquipélago.

O espírito observador do autor verifica-se principalmente nas descrições dos fenómenos sísmicos e vulcânicos, que aconteceram no seu tempo, de muitas das plantas e das aves que então ocorriam, dos peixes, que eram apanhados mais frequentemente, e de alguns animais que encalharam nas praias.

Podemos concluir que Gaspar Frutuoso e a sua obra Saudades da Terra, são peças fundamentais para a história Açoriana, visto que existe pouco material acerca da história dos Açores, esta obra é um autêntico testemunho do nosso passado.

A 20 de maio de 1565 foi nomeado vigário e pregador da Matriz de Nossa Senhora da Estrela da então vila da Ribeira Grande, cargo que exerceu durante 26 anos, até à sua morte. Nesse período dedicou-se à vida paroquial e à prática de caridade, dentro e fora da ilha.
Em 1566, quando do assalto francês ao Funchal, fez um peditório a favor dos madeirenses, tendo para lá enviado trigo e dinheiro.
Foi sepultado na capela-mor da sua igreja, acima dos primeiros degraus, quase defronte do altar-mor. Em 3 de setembro de 1866, os seus restos foram trasladados para o cemitério da Ribeira Grande, assinalados por um pequeno mausoléu, onde se inscreve:
"Aqui jazem as cinzas do Revd.º Gaspar Fructuoso, historiador das ilhas dos Açores e doutor graduado em philosophia e theologia pela Universidade de Salamanca, o qual nasceu na cidade de Ponta Delgada em 1522 e faleceu nesta Villa em 24 de Agosto de 1591. Tendo recusado o bispado de Angra que em seu favor quizera resignar o ex.mo Bispo D. Manoel de Almada, preferiu à mitra a vigararia da Matriz desta Villa, que serviu por 40 anos. A Camara Municipal deste concelho a expensas do município e coadjuvada pelos donativos de alguns michaelenses, mandou erigir este monumento à memoria de varão tão insigne em letras e em virtudes, 1867."
Em frente à sua igreja ergue-se, em sua homenagem, uma estátua de autoria do escultor açoriano Numídico Bessone.
http://asilhasencantadas.blogspot.pt/2011/01/gaspar-frutuoso.html
Fonte:
Informação resumida retirada do site: www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/Default.aspx?id=9828

Festival de cinema "Arquiteturas" chega aos Açores

Os Açores vão receber hoje a extensão do "Arquiteturas Film Festival" de 2016, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, evento que aconteceu em Outubro, em Lisboa, e é promovido pela plataforma ‘Do You Mean Architecture’.
Segundo uma nota de imprensa, a extensão do festival resulta de uma parceria da Delegação dos Açores da Ordem dos Arquitetos, Cooperativa Cultural MaLA, Teatro Micaelense e 9500 Cineclube.
Esta é a segunda vez que o “Arquiteturas" chega aos Açores, tendo sido introduzido, em 2015, no festival de arte pública Walk and Talk.
No âmbito da iniciativa, que surgiu em 2013 com o lema “não há cinema sem arquiteturas”, serão exibidos documentários experimentais e de ficção inspirados pela arquitetura.
De acordo com a organização, os trabalhos exercem temas como a reabilitação dos velhos centros históricos, gentrificação dos bairros turísticos, construção de novos sentidos de comunidade, privatização do espaço público e emergência de novas formas de intervenção urbana.
A mesma fonte refere que serão exibidos os filmes premiados no festival, que contarão com a apresentação de Vera Beltrão, diretora de produção do “Arquiteturas”.
No final de cada sessão tem lugar um painel de comentadores formado por profissionais da arquitetura, gestão cultural, sociologia e jornalismo, que irão apresentar a sua perspetiva sobre os filmes.
Neste último dia do festival, quinta-feira, está agendada a exibição do prémio Novos Talentos, atribuído à 'curta' alemã "DGLR", de Antje Buchholz, e depois a curta portuguesa “Cais”, de Marta Covita, vencedora do prémio de melhor filme experimental, encerrando com o filme vencedor do prémio de melhor filme internacional, “A Cúpula”, um documentário de Sattel Volker.
 
 




Fonte: http://www.acorianooriental.pt/noticia/festival-de-cinema-arquiteturas-chega-hoje-aos-acores

Patrícia Machado