Sorrisos de Pedra agora já tem mais de 120 esculturas

Roteiro dos Sorrisos de Pedra de Helena Amaral na ilha do Pico, um projeto MiratecArts com a artista Helena Amaral, iniciou em Abril 2015 e o roteiro foi lançado em janeiro 2016. Agora já tem mais de 120 esculturas a dar a volta à ilha do Pico e uma exposição itinerante, correntemente no Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial.

Foto: http://www.mirateca.com/default.aspx


Fonte: http://www.mirateca.com/default.aspx

Reserva Natural da Alagoa da Fajãzinha - Ilha Terceira










Esta zona costeira encontra-se classificada como Reserva Natural dada a biodiversidade que encerra e à sua característica geológica, visto tratar-se de uma quebra por afundamento da placa rochosa circundante. Esta fajã situada na costa norte da ilha Terceira junto ao mar, numa zona conhecida por Biscoito de Agualva, é formada por campos de lava e altas arribas ao fundo das quais surge uma zona lacustre. Trata-se de um local de grande interesse ambiental do ponto de vista da fauna e da flora onde surge a protegida Erica azorica. Na Reserva Natural da Alagoa da Fajãzinha é possível observar uma grande quantidade de espécies locais e outras migratórias. Por este local passa o trilho pedestre das Baías do Norte e ainda se encontra o miradouro da alagoa que oferece uma panorâmica sobre toda a área envolvente a este local.



Fonte: Município da Praia da Vitória

Sabores de mais de 70 países reunidos em festival em Ponta Delgada

Sabores de mais de 70 países vão poder ser avaliados no Festival ‘O Mundo Aqui’, este fim-de-semana, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, numa iniciativa que quer criar e fortalecer laços entre os imigrantes e a comunidade.
Esta edição do festival “vai decorrer na Academia das Artes, em Ponta Delgada, e tem o objetivo de celebrar a diversidade cultural e promover a interculturalidade”, transmitiu hoje o presidente da Associação de Imigrantes nos Açores (AIPA), Paulo Mendes, em declarações à agência Lusa.
O festival, que se concretiza de forma contínua há oito anos, nasceu na sequência do programa de rádio “O Mundo Aqui”, que ajuda a sensibilizar a comunidade para a questão da imigração.
Na Academia das Artes estará disponível uma oferta gastronómica com pratos típicos de Cabo Verde, Ucrânia, Oriente, Brasil e Angola, contendo ainda um programa musical, dança, cozinha ao vivo vegetariana e um ‘workshop’ de iniciação à dança oriental.
O presidente da AIPA declarou ainda que existem mais de 70 nacionalidades nos Açores, estimando que residam no arquipélago mais de 3.500 imigrantes, vindos de Cabo Verde, Brasil, Alemanha, China e Guiné-Bissau, as comunidades com maior representatividade.
Paulo Mendes acrescentou que se registou uma diminuição dos fluxos migratórios para a região, decorrente da situação económica, indicando que muitos dos imigrantes se deslocam para os Açores através do reagrupamento familiar.
A entrada neste festival tem um valor de dois euros e o presidente da AIPA apelou à participação no evento que visa criar "uma corrente de valorização da diversidade cultural".
 
 
 
 
 
 
 
Fonte:http://www.acorianooriental.pt/noticia/sabores-de-mais-de-70-paises-em-festival-em-ponta-delgada
 
Patrícia Machado

Trilho Pedestre "Calheta de Nesquim"







No mês de novembro o Município das Lajes do Pico organiza o trilho pedestre "Calheta de Nesquim", na freguesia da Calheta de Nesquim.
Dia: 26 de Novembro
Horas: 14h00
Distância: 8Km
Grau de Dificuldade: Médio
Duração prevista: 3h00

É obrigatório a inscrição!!!
Apenas 30 lugares disponíveis.

Mais informações e inscrições através do n.º 292 679 331 (de segunda a sexta das 8h30 às 16h30) ou do email desportocmlp@gmail.com

Fonte: www.facebook.com/cmlajesdopico

Ana Cabrita



PASTÉIS DE ARROZ DA GRACIOSA SERÃO DEGUSTADOS NO IV FESTIVAL DE ARTESANATO DOS AÇORES – PRENDA

O IV Festival de Artesanato dos Açores – Prenda, que decorre entre 24 e 27 de novembro, no Pavilhão do Mar, em Ponta Delgada, conta com a participação de mais de meia centena de artesãos e empresas artesanais de todo o país.
Este festival, que tem entrada livre, é uma iniciativa da Vice-Presidência do Governo, através do Centro Regional de Apoio ao Artesanato (CRAA), assumindo-se como uma plataforma de excelência para a promoção do desenvolvimento regional, das culturas locais e da venda do artesanato tradicional e contemporâneo dos Açores.
O programa do festival, além da parte expositiva, contempla workshops, espetáculos de música e de teatro de marionetas.
As 52 unidades produtivas artesanais presentes nesta iniciativa vão apresentar produtos ligados aos artigos de malha, ao fabrico de miniaturas de madeira, ao burel, à cortiça, à bijuteria, à cestaria, à olaria e à escama de peixe, aos bordados e à cerâmica.
Os artesãos também demonstrarão a arte de trabalhar o vidro, o couro, o ferro, o estanho e a confeção de bonecos de pano, assim como rendas e doçaria.
Os vários workshops previstos contemplam diversas áreas, designadamente cerâmica/decoração, macramé, escamas de peixe, folha de milho, patchwork, embutidos, tecelagem e pirogravura/bijuteria.
O festival vai também proporcionar aos visitantes a Hora do Chá, em parceria com várias empresas, podendo ser degustados chás e sabores caraterísticos da doçaria açoriana, como Pastéis de Arroz, da Graciosa, Bolo Baleeiro, do Pico, e Bolos Lêvedos, de São Miguel.
Os visitantes deste certame ficam ainda habilitados ao sorteio diário de um cabaz com produtos artesanais.




Fonte: http://www.radiograciosa.com/

Jantar e Fados

No dia 26 de Novembro (sábado) pelas 20 horas irá se realizar um concerto de fados e jantar, na Sociedade Filarmónica União Artista de São Roque do Pico com a participação de tocadores e fadistas da Casa da Música da Candelária.

Ementa (12€ com bebida incluída):
Rolo de Carne;
Frango Assado;
Bacalhau de natas;
Albacora no forno;
Sobremesas.


Marcações: 912 468 609 / 917 350 136

O Apojo















Na Fajã Grande, Ilha das Flores, na década de 1950, toda a criançada se pelava por beber uma tampinha de leite na altura da ordenha. Ainda morno, a cheirar a erva fresquinha, era sobretudo na altura do Outono, ou seja, nos meses de Março, Abril e Maio, durante os quais o gado estava amarrado à estaca nas terras do cultivo, alimentando-se das forrageiras e de erva fresquinha que era para ali acarretada, que o leite sabia melhor. Até parecia que tinha um agradável sabor ao trevo ou à erva da casta. Outras vezes, sobretudo nos meses de Inverno, quando os pais chegavam a casa com as latas bem cheiinhas de leite, após a ordenha era um rodopio à volta das mesmas,afim de se conseguir a tão desejada tigelinha do dito cujo. O leite era, incondicionalmente, um dos nossos principais e mais importantes alimentos.
Mas os nossos pais, melhor do que ninguém conheciam a força do leite e o seu valor como elemento fundamental na nossa alimentação, pelo que regra geral, quando os acompanhávamos na ordenha, davam-nos sempre para beber uma tampa não de qualquer leite mas pediam-nos que aguardássemos para o fim da ordenha, a fim de sermos agraciados com o último leite retirado do úbere da vaca, ou seja, o apojo. Bem sabiam eles que este era o mais saudável e nós que era não apenas o melhor, o mais saboroso e até o mais quentinho.Na verdade o apojo é o leite mais consistente e mais espesso e por conseguinte o mais saudável e mais forte, extraído da vaca, depois de tirado o primeiro, que é bastante menos grosso. É também o que tem melhor sabor. Por isso mesmo sabia tão bem e, pelos vistos era muito saudável, uma tampa de apojo, sobretudo nos campos após a ordenha quando as vacas estavam amarradas à estaca.
Carlos Fagundes



Fonte: Fórum da Ilha das Flores





Museu da Horta promove Oficina de Natal para os mais novos






A Direção Regional da Cultura, através do Museu da Horta, promove, de 17 de novembro até 16 de dezembro, de segunda a sexta-feira, a realização de uma Oficina de Natal para crianças do pré-escolar e do 1.º e 2.º ciclo.

Os participantes serão convidados a visitar a exposição “A arte do papel recortado”, bem como a criar um trabalho com este material e esta técnica.

Nesta atividade será abordada a noção de simetria, a técnica de dobragem e o recorte do papel, estando os materiais, os motivos e os trabalhos realizados relacionados com a época natalícia que se avizinha.

Esta oficina funcionará no horário mais conveniente às escolas, podendo os grupos interessados fazer a marcação por telefone ou por correio eletrónico.

A Direção Regional da Cultura informa que este e outros eventos estão disponíveis para consulta na Agenda Cultural do Portal CulturAçores, no endereço eletrónico www.culturacores.azores.gov.pt.

Fonte: http://www.azores.gov.pt

Ana Cabrita


DORMIDAS NA HOTELARIA GRACIOSENSE SUBIRAM 4,3% EM SETEMBRO

Na Região Autónoma dos Açores, no mês de setembro, os estabelecimentos hoteleiros registaram 182,5 mil dormidas, representando um acréscimo homólogo de 17,6%.


Os proveitos totais atingiram 9,3 milhões de euros e os proveitos de aposento 6,8 milhões  de euros, correspondendo a variações homólogas, respetivamente, de 36,4% e 31,1%.
Em termos de variações homólogas acumuladas, de janeiro a setembro, as ilhas que apresentaram variações homólogas positivas foram as da Terceira, da Graciosa, do Corvo,
de Santa Maria, de São Miguel, do Pico, do Faial e das Flores, respetivamente com, 64,7%,
28,6%, 18,5%, 17,5%, 15,2%, 14,8%, 14,4% e 12,0% A ilha de São Jorge apresentou uma
variação homóloga acumulada negativa de 3,1%.
A hotelaria graciosense registou em Setembro um total de 1.469 dormidas, um aumento de 4,3%, quando comparado com as 1.409 dormidas de Setembro de 2015.
Os dados do Serviço Regional de Estatística indicam ainda que de Janeiro a Setembro, o aumento foi de 28,6%, passando-se das 9.277 de 2015, para as 11.926 deste ano.
A taxa de ocupação em Setembro foi de 27,2% e estada média de 2,6 noites, registando aumentos de 1,1 e 11,6% respetivamente.

Nos primeiros nove meses deste ano, os proveitos totais foram de cerca de 496 mil euros e os proveitos por aposento de cerca de 399 mil euros.



Fonte:http://www.radiograciosa.com/

Património material – Solar de Santo António

Está situado na Rua de Baixo, no concelho da Calheta, a sua construção foi iniciada no século XIX e é considerado arquitectura doméstica.
Este solar é constituído por um corpo de dois pisos, do qual apenas foi construída a fiada anterior dos compartimentos, e pelo corpo concluído da capela, com a fachada adjacente primeiro. Os dois corpos constituem assim, os braços de um imóvel em “L”.
Do primeiro destaca-se a fachada voltada para a rua, organizada regularmente e delimitada por um soco, por um cunhal apilastrado, por uma pilastra (comum à capela) e por uma cornija. Tem, no piso térreo, cinco portas e, no piso superior, cinco janelas de peito.
A fachada da ermida, que remata a da habitação, está enquadrada pelo prolongamento do soco, pela pilastra comum, por um cunhal e por um frontão contracurvado delimitado por volutas. O vértice está cortado por uma cornija onde assenta a base da cruz. Sob este remate pende, no tímpano, uma flor-de-lis invertida.
À fachada lateral direita da capela encosta o corpo da escada exterior de um só lanço que conduz ao coro alto.
No interior da ermida destacam-se: o altíssimo arco triunfal, sobre pés-direitos com impostas e bases salientes; a moldura da porta de acesso à sacristia, de verga curva e arestas boleadas; a enorme janela vertical de iluminação do altar, rematada em verga curva e com a moldura com um ligeiro esbarro.
Este imóvel foi construído em alvenaria de pedra rebocada e caiada nas fachadas acabadas, exceto o soco, os cunhais, as pilastras, as volutas, a base da cruz, os elementos decorativos em relevo e as molduras dos vãos que são em cantaria à vista. As portas são em madeira pintada. As janelas da parte habitacional estão fechadas com taipais. A janela da fachada da capela tem caixilharia de madeira pintada de branco (guilhotina de três folhas). As coberturas são em telha de meia-cana tradicional rematada em beiral simples.
Como elementos datados destacam-se a cartela no lintel do portal da capela com a inscrição “1816” e a cartela na fachada principal da habitação com a data “1822” inscrita.
Este solar tem como função actual uma ermida, é então chamada Ermida de Santo António.

 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.inventario.iacultura.pt/sao-jorge/calheta-fichas/52_88_71.html
 
 
Patrícia Machado
 

Cosmética Natural Workshop









O Valzinho e a Associação Reinventar Ilhas organizam dois workshops com o objectivo de cada participante poder criar os seus próprios produtos de higiene pessoal.
Ambas atividades decorrerão no dia 19 de novembro no “Valzinho”, começando pelas 09h00 com o workshop “Sabão Natural” e o segundo denominado “Cosmética Natural” que terá início pelas 14h30.
 As inscrições são limitadas e têm o preço de 20€ por formação ou 35€ se fizer as duas têm o custo de, incluindo o livrete e toda a gama de produtos que serão criados, bem como diversas ofertas.
Mais informações contactar:
910 781 811


Fonte: O Valzinho e Associação Reinventar Ilhas

Odisseia nos Açores a primeira viagem



Vídeo produzido pela Azorina, S.A., uma iniciativa em parceria com a Direção Regional de Ambiente, Governo Regional dos Açores.

Canadas das Guerrilhas

Depois da Batalha do Pico Seleiro, os muitos partidários miguelistas (que saíram derrotados) nunca mais tiveram ocasião de se organizar de modo efectivo. Passaram a agir em grupos de guerrilhas, recebendo armas às escondidas e combatendo como podiam a Junta Provisória estabelecida em Angra.
Dos vários grupos de guerrilhas desse tempo, ficou a memória de um que se escondia e sobrevivia por entre a população e nas matas encruzilhadas de caminhos e o muito arvoredo que facilitavam a aproximação de Angra e a fuga imediata e rápida.


São Martinho

O Dia de São Martinho é festejado todos os anos no dia 11 de novembro e é uma das celebrações que marcam o outono.
Relativamente à história de São Martinho, Martinho de Tours foi um militar, monge, bispo e santo católico, que nasceu no ano de 316 e falecido a 397.
A lenda de São Martinho conta-nos que um dia, um soldado romano chamado Martinho, estava a caminhar para a terra natal. O tempo estava muito frio e Martinho deparou-se pelo caminho com um mendigo cheio de frio que lhe pediu esmola. Martinho rasgou a sua capa em duas metades e ofereceu uma dessas metades ao mendigo. Sem mais nem menos, o frio parou e o tempo aqueceu. Acredita-se que isto aconteceu pois seria a recompensa por Martinho ter sido bom para com o mendigo.



A tradição do dia de São Martinho é assar-se castanhas e beber-se o vinho novo, produzido com a colheita do verão anterior.
Geralmente, na véspera e no Dia de São Martinho o tempo melhora e o sol aparece, tal como aconteceu com São Martinho. Esta ocorrência é conhecida como o Verão de São Martinho.
São Martinho tornou-se assim no padroeiro dos mendigos, alfaiates, peleteiros, soldados, cavaleiros, curtidores, restauradores e produtores de vinho.
Tenham todos um feliz dia de São Martinho!
E como se costuma dizer por aí…
“No dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho.”
 
 





Fonte:https://www.calendarr.com/portugal/dia-de-sao-martinho/ / http://www.paroquiaqueijas.net/portal/noticias/250-festa-de-sao-martinho / http://www.wingman.pt/blog/2015/11/11/so-martinho-dia-de-castanhas-vinho-e-msica-wingman
 
 
Patrícia Machado
 
 

Museu da Horta promove oficina de fotografia com Tiago Garcia



A Direção Regional da Cultura, através do Museu da Horta, promove, a 12 de novembro, na Casa Manuel de Arriaga, entre as 10h00 e as 18h00, a realização de uma oficina de fotografia orientada pelo fotógrafo profissional Tiago Garcia.

A iniciativa destina-se a todos os que têm interesse pela fotografia, sem qualquer tipo de conhecimento ou com conhecimento médio.

Nesta oficina, que é de frequência gratuita, serão abordados dois grandes temas, nomeadamente a fotografia de rua e a fotografia de viagens, para além de uma abordagem técnica de iniciação.

As inscrições são limitadas e devem ser feitas através dos telefones 292 202 573 e 292 293 361 ou do email: margarida.ma.barreto@azores.gov.pt.

Fonte:http://www.azores.gov.pt

Ana Cabrita


Batalha do Pico Seleiro

Ao entardecer do dia 4 de Outubro de 1828, deu-se aqui, próximo do Pico Velho, do lado esquerdo da ladeira denominada Pico do Seleiro, o mais importante confronto entre as milícias realistas (como então se designavam os absolutistas) e liberais.
As forças partidárias de D. Miguel, reunidas na vila da Praia, comandadas pelo morgado Joaquim de Almeida e pelo capitão de linha João Moniz Corte-Real, eram em número superior a 4.000 homens (embora mal armados e sem artilharia) e confrontaram-se neste sítio com cerca de 200 homens do Batalhão de Caçadores nº5, comandados pelo coronel José António da Sila Torres (apoiados por peças de campanha).
O combate durou uma hora e meia; flanqueados por um grupo de liberais, os milicianos miguelistas, sentindo-se derrotados, acabaram por debandar em direcção à Terra-Chã, Biscoitos e Altares, sendo perseguidos durante a noite.

Lenda da Lagoa das Sete Cidades - Ilha de S. Miguel









Reza a lenda que quando os árabes Tárique ibn Ziyad e Musa ibn Nusair vieram do Norte de África para levar a cabo a invasão muçulmana da Península Ibérica, sete bispos cristãos que viviam no norte peninsular, algures pelos arredores de Portucale, tiveram de fugir à horda invasora. Partiram para o mar em busca da lendária e remota ilha Antília, ou Ilha das Sete Cidades, que segundo uma lenda já antiga nesses tempos, existia algures no Grande Mar Oceano Ocidental.
Dessa partida mais ou menos precipitada ficou o registo na linguagem popular, ao ponto de séculos mais tarde, já depois da Reconquista cristã, os reis de Portugal terem manifestado o desejo de alcançar essa ilha perdida no mar. Dizia-se que para os lados do Oriente ficava o reino do Preste João, e para o Ocidente, no Grande Mar Ocidental ficava a ilha de Antília ou Ilha das Sete Cidades.
Do medieval reino de Portugal partiu um dia uma caravela denominada "Nossa Senhora da Penha de França" (nome actualmente vulgar em vários locais e em varias ilhas dos Açores) com o objectivo de um dia encontrar essa lendária ilha perdida e para muitos encantada.
A caravela navegou para Ocidente durante muito tempo, passou por grandes ondas e peixes gigantes, calmarias e tempestades. E foi depois de uma dessas tempestades, depois do desanuviar dos nevoeiros de São João, que se lhes deparou uma ilha no horizonte. Rapidamente rumaram para a nova terra avistada e pouco depois aportaram numa terra maravilhosa, coberta de verdes sem fim e de azuis celestiais.
A caravela esteve fundeada por três dias, os marinheiros desembarcaram e com eles três frades que procuraram estabelecer relações com o monarca da ilha. Visitaram palácios, florestas, rios e lagos, e estudaram os costumes dos locais. Escutaram e aprenderam a linguagem dos habitantes, por sinal muito parecida com a que se falava no Portugal de então.
No final dos três dias de estadia em terra, os três frades e todos os marinheiros voltaram para a caravela com o objectivo de voltar ao reino de Portugal a contar ao rei a nova descoberta. No entanto, mal se começaram a afastar da costa a ilha foi repentinamente envolta por brumas, e como que por encanto desapareceu no mar.
Depois de narrados os acontecimentos ao rei português, este mandou uma embaixada para estabelecer relações com a nova ilha e não a encontraram. Foram feitas muitas buscas durante muitos séculos, até que um dia como que por encanto a ilha se deparou novamente às caravelas portuguesas. Estranhamente, encontrava-se desabitada, pelo que foi ocupada pelos portugueses, que deram à caldeira central do seu vulcão mais emblemático o nome da terra lendária de Sete Cidades.
Ainda hoje, por vezes, a caldeira e o seu gigantesco vulcão vivem no mundo das nuvens. Quem chega ao Miradouro da Vista do Rei, num dos rebordos da caldeira, tem uma visão deslumbrante do Vale das Sete Cidades, que por vezes aparece e desaparece nas nuvens e nevoeiros. É uma região onde as nuvens pairam, entre o céu e a terra. A luz por vezes parece difusa envolta numa névoa de estranho mistério.


Fonte: lendasacores.blogspot.pt

Novembro…




Aproxima-se o mês de Novembro. Desde os meus afastados anos da juventude sempre o considerei um mês triste. O mês dos crisântemos, a flor que nos acompanha nas horas de tristeza...
         Hoje é diferente. Encaro o penúltimo mês do ano com a naturalidade possível e vivo os seus dias sem as preocupações de outrora.
         O dia de todos os Santos era e é ainda, na tradição popular, o “dia do pão por Deus”. Tal como hoje, ia-se bater às portas das pessoas amigas e conhecidas pedir Pão por Deus. E a saquitola nunca vinha vazia.
         Era dia santo. A Igreja Católica, e no tempo era a única, embora hoje haja um ou dois núcleos de outras “crenças”, celebrava no dia um a Festa de Todos os Santos. Segundo os Teólogos, é a festa da santidade. Evocam-se todos os santos que estão junto de Deus, mesmo aqueles que não foram canonizados. É um dia muito especial em que celebramos a santidade de Deus, a plenitude da vida cristã, a comunhão eclesial com os Apóstolos, Mártires e os santos conhecidos e anónimos. Um dia em que a Igreja chama a atenção dos fiéis para a vivência da santidade cristã, ou seja, a felicidade e a liberdade plena dos cristãos.
         Para as crianças era e continua a ser o “dia do pão por Deus”!
Logo a seguir, vem o dia dos Fiéis Defuntos. Nesse dia os sacerdotes tinham, hoje desnecessário, o privilégio de celebrar três missas, privilégio que só se repetia pelo Natal.
A igreja utilizava as vestes litúrgicas negras – hoje substituídas pelo roxo – e, geralmente, armava no corpo dos templos um cadafalso, coberto de um pano negro, e, junto dele, fazia os “responsórios” pelas almas dos defuntos.
           Ao amanhecer, celebrava-se duas Missas para os paroquianos poderem, depois, ir para os seus trabalhos agrícolas. Normalmente, já vinham preparados para seguir para os seus terrenos, pois traziam, além do trajar apropriado, os utensílios para executar as labutas do campo.
         A meio da manhã, celebrava-se a Missa cantada de requiem, quase sempre de três padres, pois o pároco da Silveira estava presente com os dois então residentes na vila.                 
          As pessoas trajavam de preto, sinal de luto, e neste seu trajar queriam recordar os familiares falecidos. Era, na realidade, um dia sombrio...
           Presentemente, tem lugar, no mês de Novembro, a Festa de Cristo Rei, cuja celebração começou na Matriz das Lajes, após a criação dos grupos da Acção Católica. A festa litúrgica iniciou-se na Diocese na década de Vinte do século passado. Era Bispo da Diocese Dom António Meireles, que depois foi transferido para Coadjutor da Diocese do Porto, onde faleceu já bispo diocesano.
           Não se celebravam no dia indicado pela Liturgia, mas no domingo seguinte, porque, antes, a freguesia de São João já celebrava a solenidade
de  Cristo-Rei e o pároco, P. Inácio Coelho, era co-celebrante permanente nas festas da Matriz das Lajes.
      Os Pe. José Vieira Soares, Pároco e Ouvidor das Lajes, P. Manuel Vieira Feliciano, cura de São Bartolomeu, da Silveira, e Pe. Inácio Coelho, Pároco de São João, constituíam um trio sacerdotal que colaborava assiduamente nas festividades das respectivas paróquias. Entendiam-se fraternalmente e as respectivas actividades paroquiais eram previamente combinadas. Mas o grupo desfez-se, quando faleceu o P. Vieira Soares e, a seguir, o P. Inácio Coelho foi residir para os Estados Unidos
         Quando ficou na situação de manência – ou reforma, sem quaisquer remunerações... - o P. João Xavier Madruga passou a residir nas Lajes e era um permanente auxiliar, principalmente na oratória, que  nunca recusava.
         O que venho de escrever faz parte da nossa história. Importa pois, registá-lo Ad perpetuam rei memoriam.             
            
Lajes do Pico
11-Outubro-2016


Fonte: Notas do Meu Cantinho - Ermelindo Ávila 
            Jornal o Dever

Ana Cabrita         


        

Parque Natural do Faial conquista prémio de Experiência de Natureza

O Parque Natural do Faial, conquistou o primeiro prémio de Experiência na Natureza, galardão alcançado quarta-feira, dia 26 de outubro, em Malta, no 11.º encontro da Rede de Destinos Europeus de Excelência.
Segundo uma nota do Governo Regional dos Açores, além do Parque Natural do Faial, concorreram aos galardões “EDEN Innovation Awards 2016” sete outros destinos EDEN, nomeadamente a Taiga Selvagem, na Finlândia, Naturpark Ötscher-Tormäuer, na Áustria, Kaposvar and the Zselic area, na Hungria, Zuid Limburg, na Holanda, Waimes, na Bélgica, e o Mincio Park e o Sistema Fluviale Nera Velino, ambos em Itália.
A Reserva Natural da Caldeira do Faial é a mais antiga área classificada do arquipélago, completando 45 anos a 07 de março e nela estão localizados sete de nove habitats prioritários nos Açores, bem como dois terços das espécies endémicas de plantas vasculares, de acordo com o executivo açoriano.
Insere-se na cratera de um vulcão, com dois quilómetros de diâmetro e uma profundidade média de 400 metros.
A descida acompanhada à Reserva Natural da Caldeira do Faial, iniciativa premiada na sequência da regulação que foi criada e que contemplou a promoção pública de cursos de Guias da Caldeira, registou este ano, até à data, 47 grupos operados por sete empresas locais, adianta a nota.
Além de Reserva Natural, seguindo os critérios da IUCN - International Union for the Conservation of Nature, é também área integrante da Rede de Natura 2000, do sítio Ramsar e de um geossítio prioritário do Geoparque Açores.
 
 
 
 
 
Fonte:http://www.acorianooriental.pt/noticia/parque-natural-do-faial-conquista-premio-de-experiencia-de-natureza

Patrícia Machado