O Director Regional da Cultura, Jorge Bruno, reafirmou este domingo a intenção do governo regional de criar “o parque subaquático de São Miguel, em torno do naufrágio do navio Dori, afundado por altura da II Guerra Mundial”.
Esta decisão confirma, segundo Jorge Bruno, “a consciência que o governo regional dos Açores tem da importância do património arqueológico de que o seu território é portador, principalmente do subaquático, e do potencial turístico que representa”.
Jorge Bruno falava na sessão de abertura do III Encontro de Arqueologia das Ilhas da Macaronésia – Açores, Madeira e Canárias –, que decorre até segunda-feira em Angra do Heroísmo.
O Director Regional da Cultura, que efectuou o historial das pesquisas subaquáticas nos Açores, iniciadas em 1995, acentuou “o seu largo potencial, se não único, a nível nacional, pelo menos de capital importância e interesse”.
Para salvaguardar o seu uso “uma das preocupações foi criar legislação para regular a arqueologia subaquática na Região e promover cursos de formação nesta área”.
Nos últimos anos, foram realizados trabalhos e efectuados registos preliminares de diversos sítios arqueológicos subaquáticos na Terceira, Faial, Pico, São Jorge e Flores.
Em 2004, a baía de Angra foi classificada como Parque Arqueológico, reconhecendo-se o seu “imenso potencial e importância histórica e patrimonial”, sendo criados dois sítios visitáveis: o navio Lidador e o Cemitério das Âncoras” lembrou Jorge Bruno.
Por seu lado, o historiador do Centro de História de Além-mar, José António Bettencourt, mestre em arqueologia, disse que “está provado que os Açores possuem um potencial extraordinário para o estudo da navegação no Atlântico”.
“Pode estudar-se desde o século XVI ao século XIX com vários naufrágios já localizados e zonas portuárias com potencial muito importante para o estudo de várias problemáticas de investigação que interessam a toda a comunidade científica internacional”, acrescentou.
De acordo com José António Bettencourt “uma dessas problemáticas é a construção naval, nomeadamente a ibero-atlântica, quando foram construídos os navios portugueses e espanhóis que fizeram toda a expansão ibérica na primeira fase da expansão europeia”.
O historiador, que fez uma intervenção científica sobre “O potencial arqueológico do património cultural subaquático dos Açores”, vincou que todas as ilhas “possuem um potencial arqueológico terrestre e subaquático”.
“Há um potencial cultural e turístico muito elevado, pouco desenvolvido nos Açores, e o património subaquático pode ter um papel chave no desenvolvimento de produtos de alta qualidade para ser vendido ao turista cultural, que é aquele que acaba por movimentar mais turistas no mundo inteiro”, defendeu o especialista.
“Os Açores podem entrar nesse nicho de mercado de uma forma mais profunda do que aquela que têm feito até agora”, desde logo traduzindo a linguagem científica para uma “mais simples” de acesso mais fácil ao grande público, concluiu.
Jorge Bruno falava na sessão de abertura do III Encontro de Arqueologia das Ilhas da Macaronésia – Açores, Madeira e Canárias –, que decorre até segunda-feira em Angra do Heroísmo.
O Director Regional da Cultura, que efectuou o historial das pesquisas subaquáticas nos Açores, iniciadas em 1995, acentuou “o seu largo potencial, se não único, a nível nacional, pelo menos de capital importância e interesse”.
Para salvaguardar o seu uso “uma das preocupações foi criar legislação para regular a arqueologia subaquática na Região e promover cursos de formação nesta área”.
Nos últimos anos, foram realizados trabalhos e efectuados registos preliminares de diversos sítios arqueológicos subaquáticos na Terceira, Faial, Pico, São Jorge e Flores.
Em 2004, a baía de Angra foi classificada como Parque Arqueológico, reconhecendo-se o seu “imenso potencial e importância histórica e patrimonial”, sendo criados dois sítios visitáveis: o navio Lidador e o Cemitério das Âncoras” lembrou Jorge Bruno.
Por seu lado, o historiador do Centro de História de Além-mar, José António Bettencourt, mestre em arqueologia, disse que “está provado que os Açores possuem um potencial extraordinário para o estudo da navegação no Atlântico”.
“Pode estudar-se desde o século XVI ao século XIX com vários naufrágios já localizados e zonas portuárias com potencial muito importante para o estudo de várias problemáticas de investigação que interessam a toda a comunidade científica internacional”, acrescentou.
De acordo com José António Bettencourt “uma dessas problemáticas é a construção naval, nomeadamente a ibero-atlântica, quando foram construídos os navios portugueses e espanhóis que fizeram toda a expansão ibérica na primeira fase da expansão europeia”.
O historiador, que fez uma intervenção científica sobre “O potencial arqueológico do património cultural subaquático dos Açores”, vincou que todas as ilhas “possuem um potencial arqueológico terrestre e subaquático”.
“Há um potencial cultural e turístico muito elevado, pouco desenvolvido nos Açores, e o património subaquático pode ter um papel chave no desenvolvimento de produtos de alta qualidade para ser vendido ao turista cultural, que é aquele que acaba por movimentar mais turistas no mundo inteiro”, defendeu o especialista.
“Os Açores podem entrar nesse nicho de mercado de uma forma mais profunda do que aquela que têm feito até agora”, desde logo traduzindo a linguagem científica para uma “mais simples” de acesso mais fácil ao grande público, concluiu.
Muito interessante!
ResponderEliminarPena é irem destruir o da Terceira para, mais uma vez, São Miguel é que ficar com tudo.
Com menos qualidade...mas como passa a ser único está resolvido o assunto!
A iniciativa é de louvar! Mas atentem bem ao património que se vai destruir na Baia de Angra com a construção da nova plataforma e onde existem condições potenciais para realizar um projecto desta natureza, muito mais rico e interessante do ponto de vista histórico, cultural, arqueológico e turístico.
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