Solar da Madre de Deus de Angra do Heroísmo

                Nas zonas mais altas das cidades ultramarinas de fundação portuguesa, tendia a formar-se um cordão de casas senhoriais, situadas entre a cidade e a periferia rural, como que debruçadas sobre o viver urbano e com terrenos de cultivo atrás. Esta casa solarenga dos sécs. XVII/XVIII, típico exemplo dessa circunstância, sucedeu a outra, que o viajante holandês Linschoten assinala na vista de Angra de 1595.
                Aqui morou João de Bettencourt de Vasconcelos, Capitão-mor de Ordenanças e um dos comandantes do cerco à Fortaleza do Monte Brasil que, no dia de Páscoa de 1641, tomando a bandeira real e alevantando-a na Praça, proclamou bem alto, o invicto Rei D. João, o quarto deste nome.

                A arte equestre terceirense teve neste solar um dos seus últimos redutos, saindo cavalhadas de S. João do seu pátio e formando-se no seu picadeiro alguns dos afamados amadores de toureio a cavalo.

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