O motivo do Carnaval é enigmático e sobre ele subsistem matizadas versões. Terá aparecido na Europa e se vulgarizado pelo planeta conduzido por gregos e romanos e, posteriormente, pelos colonos portugueses, espanhóis, franceses e holandeses para territórios e continentes onde dissemelhantes plebeus o moldaram às suas inerentes culturas sociais e vivências. Não se pode certificar, igualmente, com segurança qual é a origem do vocábulo, mas existem duas versões quanto à sua acepção.
A primeira afiança que a palavra Carnaval vem de carrus navalis, os carros navais com gigantescas pipas de vinho que durante as Bacanais, festins em honra a Baco (Deus dos ciclos vivificantes, do júbilo e do vinho, popular entre os gregos como Dionísio), eram concedidos aos habitantes Romanos.À segunda versão é adjudicada procedência religiosa, com interpretação antagónica à diversão, ao divertimento e à malícia a que associamos o Carnaval contemporâneo. Segundo este traslado, o termo "Carnaval" teve origem no latim carnevale, designando "suspensão da carne".
Os cristãos inauguravam o festejo do Carnaval na quadra de ano novo e festa de Reis, redobrando-a no período que se antepunha ao derradeiro dia em que os cristãos comiam carne antes da Quaresma, que prepara os fiéis para a Páscoa.
As celebrações carnavalescas são mais clássicas do que a religião cristã e avolumam numerosos símbolos e significados ao longo da história dos povos.
Há referências a festas análogas praticadas por matizados povos agrários, como entre os egípcios
(festa em louvor à deusa Ísis e ao boi Ápis), entre hebreus, entre babilónios (festa das Sáceas, que durava cinco dias nos quais reinavam a licença sexual e a inversão dos papéis entre senhores e servos) e entre os antigos germânicos (festa oferecida à deusa
Herta).
Herta).
Carnaval nos Açores
Fonte: http://www.jornalacores9.net |
O Carnaval nos Açores é um misto de entrudo, bailes, marchas, danças e bailinhos. A origem do Carnaval ou Entrudo Terceirense perde-se nos tempos.
Na Terceira, as marchas, danças e bailinhos, em número de meia centena, levam às sociedades de toda a Ilha, milhares de pessoas para assistirem a um típico teatro popular que ironiza o quotidiano açoriano e as figuras políticas regionais. É uma tradição popular que passa de geração em geração. Cada freguesia da ilha organiza um ou mais grupos a que chamam dança ou bailinho, compondo a sua própria música (letra e arranjos), ensaiam uma coreografia, ensaiam a intrepretação da comédia, criam as suas próprias roupas e deambulam nos dias, especialmente noites de carnaval, pelas diversas comunidades da Terceira.
Existem várias categorias de danças e bailinhos: As danças de espada, as danças de pandeiro, as danças de varinha e os bailinhos que podem ter tanto a vara como a pandeiro, masculinos, femininos ou mistos.
Na Graciosa, em São Jorge, Sta Maria, Pico, Faial, Flores e Corvo, são os bailes e matinés nas sociedades que recebem centenas e centenas de pessoas que, com trajes de carnaval e fantasias, entrudam em alegres convívios, acompanhados com os doces típicos da época: filoses, malassadas e cuscorões, sem esquecer os licores, e as bebidas típicas das ilhas. Convém ainda referir o teatro popular dos bandos que no Pico satiriza o quotidiano das populações da ponta da ilha, ou os desfiles carnavalescos de milhares de crianças em todo o arquipélago.
Fonte: http://philangra.blogspot.pt/2013/01/carnaval-acoriano.html
Andreia Goulart
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