Lisboa passa a ter, a partir do final do mês, uma rota turística das obras de arte da cidade que pode ser visitada em carros personalizados por artistas urbanos.
Aos fins de semana estarão disponíveis dois automóveis, com um motorista/guia turístico, para quem queira fazer um passeio pelas obras que há na cidade, explicou à Lusa o diretor da agência de Marketing de Guerrilha Torke.
A Galeria de Arte Móvel surge de uma parceria da Câmara Municipal de Lisboa (CML), através da Galeria de Arte Urbana (GAU), com a Torke e uma marca de automóveis.
O passeio deverá durar cerca de uma hora, é gratuito e para participar basta que os interessados se inscrevam através dos contactos disponibilizados na página da Internet da GAU.
Durante 28 fins de semana, os dois carros, personalizados pelos artistas ParizOne e Vanessa Teodoro, vão percorrer as ruas de Lisboa para “promover rotas turísticas pelas obras espalhadas na cidade”.
A GAU, coordenada pelo departamento de Património Cultural da CML, tem vindo a desenvolver nos últimos anos uma série de iniciativas no âmbito da arte urbana.
O seu último projeto, “Reciclar o Olhar”, desenvolvido com a Torke, inclui intervenções artísticas realizadas em cinco camiões de recolha do lixo, com percursos nas zonas da Baixa Pombalina, Bairro Alto e avenida 24 de Julho, e em vidrões com um formato tipo iglo.
A ideia, explicou Sérgio Gomes, é demonstrar que “a arte urbana não é lixo”.
Na primeira fase de decoração dos vidrões foram convidados uma série de artistas, como Dalaiama, Maria Imaginário, Miguel Brum ou Recan, mas a segunda fase será aberta a candidaturas.
“Qualquer pessoa pode candidatar-se a pintar um ou vários vidrões. Os critérios de seleção são, por agora, bastante abertos, exigindo-se, apenas, um bom nível qualitativo”, disse à Lusa Miguel Carrelo, da GAU, revelando que já tem recebido candidaturas e alguns vidrões já estão “reservados”.
A GAU lançou recentemente um site onde estão disponíveis “imagens de algumas obras que entretanto a galeria ajudou a nascer”, bem como dos murais das Amoreiras e de outros trabalhados dos anos 1990.
Estas e outras imagens fazem parte de uma inventariação que o site disponibilizará, contendo registos desde o 25 de abril de 1974 até à atualidade.
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