Fonte imagem: http://www.cofit.org/acores/?id=3#corvo |
Ainda hoje são raras as casas cujas portas estão trancadas e, ironicamente, é este o lar de uma das mais peculiares peças do artesanato açoriano.
Muito provavelmente são o último testemunho de uma época em que as matérias-primas eram escassas, mas grande era o engenho e a necessidade de preservar as propriedades em tempo de assaltos de corsários e piratas.
Fonte imagem: http://yanass.blogspot.pt/2010/07/artesanato-do-acores.html |
As fechaduras Corvinas de madeira são uma resposta à dificuldade imposta pela distância, de obtenção das fechaduras metálicas, cujo uso atualmente se mantém em palheiros e armazéns agrícolas.
Existem vários modelos e com vários segredos, que só a respetiva chave torna acessível. Trabalhadas com grande perícia manual, recorrendo apenas a uma navalha, constróem-se em três partes distintas: ferrolho, batente e chave.
Além do mérito no talhe dos diversos tipos de fechaduras é também surpreendente a invenção que "permite variar até ao infinito as chaves e os segredos nelas empregados". São estes exemplos de capacidade criadora que constituem hoje um património de grande valor.
Preservar esta peça artesanal, ou seja, manter vivo na cultura dos Corvinos é muito importante, pois para além de uma tradição é a sua identidade.
Fonte imagem: http://artesanato.azores.gov.pt |
Fonte de informação: Livro artesanato dos Açores
Andreia Goulart
Meu avô construía essas fechaduras e as instalava nas portas de seu paiol e moinho d,água !
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