Desde a Antiguidade e até ao advento da motorização, os veículos de tracção animal, puxados principalmente por cavalos e muares, desempenharam um papel fundamental na vida de muitos povos.
Apresentando-se numa vasta panóplia de formas e dimensões, os veículos de tracção animal, com nomes e funções também variadas, eram utilizados por toda a gente, desde os mais ricos fidalgos até aos mais humildes plebeus, passando por militares, artesãos e comerciantes de toda a espécie. Na Europa, é a partir do século XVI que os carros puxados por cavalos começam a tornar-se populares como meio de transporte, entre as classes mais abastadas.
Na Capital do Reino, Lisboa, a partir do Rei D. João IV (2ª metade do século XVII), os aristocratas ganham o hábito de se fazer transportar de coche pelas ruas da cidade e é essa, mesmo, a principal razão para a demolição de edifícios e alargamento de algumas ruas principais.
O século XIX foi a época de ouro das carruagens e também o seu canto de cisne porque foi no final deste século que começaram a surgir automóveis, a partir de 1890. Em relativamente pouco tempo, os carros de tracção animal e as suas oficinas foram desaparecendo das cidades.
No entanto, ocasionalmente, já bem dentro da época do automóvel, recorreu-se à utilização de veículos de tracção animal para ultrapassar períodos de carência de combustível como o que se verificou durante a II Grande Guerra por exemplo. Além disso, em zonas rurais e sobretudo em comunidades geograficamente isoladas como os Açores, os veículos de tracção animal sobreviveram quase até à actualidade, principalmente como apoio em actividades agrícolas e comerciais.
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